Libertadores - A volta do bicho-papão da América

Em tempos de mata-mata da Libertadores, tornou-se comum, ao ver seu time avançar de fase, ouvir na mídia a seguinte expressão: “(...) avançou e agora enfrentará o temido Boca Juniors”. O pior é que a frase, que às vezes pode parecer exagerada, sempre se confirmou na prática, por aquele que é, sem dúvidas, o time mais ‘osso duro de roer’ da América do Sul.


Os times brasileiros que o digam! É extensa a lista de clubes brasileiros que já foram eliminados pelo Boca em alguma fase da Libertadores ou na final da competição: Cruzeiro, Atlético MG, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Vasco, Paysandu, Santos, São Caetano, Grêmio e Fluminense (ufa!), todos têm histórias ruins pra contar quando o assunto é Boca Juniors na Liberta.

A história e a tradição do Boca Juniors ajudam a contar porque o time é tão temido e tão vitorioso na América do Sul. O Boca sempre foi um time que primou pela raça e vontade de seus jogadores em campo e o apoio de sua apaixonada torcida (parecido com o que é o Corinthians aqui no Brasil). Na Libertadores, o que impressiona é a frieza e eficiência com que o time joga a competição, independente da geração de jogadores. A impressão que fica é que todo jogador, ao chegar no Boca, recebe um curso de ‘Como se jogar a Libertadores’. Apesar de, ao longo da história, possuir grandes craques em seu plantel, o Boca nunca foi de apresentar um futebol plástico e vistoso; sempre fez um jogo de forte marcação, eficiência ofensiva e muita raça, características essenciais para um time que almeja conquistar o maior torneio da América. Tudo isso sem contar a força de sua já famigerada torcida, que lota La Bombonera e transforma o estádio em um verdadeiro inferno para os adversários.

O temido La Bombonera
Após conquistar quatro títulos da competição no início do século (2000, 2001, 2003 e 2007), o Boca ficou alguns anos sem chegar às fases finais da Libertadores e, nesse tempo, chegou a viver um período de crise. Porém, a partir da temporada 2011, a equipe se reergueu. Comandada pela experiência e classe do meia Riquelme, e ajudado por outros nomes experientes, como o goleiro Órion e o zagueiro Schiavi, além de jovens valores, como o meia Erviti e o atacante Mouche, o Boca venceu o torneio Apertura e, na Libertadores 2012, já chegou à semifinal, com uma campanha quase impecável. Foram 7 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota, que ocorreu na primeira fase. O clube ainda não perdeu fora de casa, o que demonstra sua tradicional eficiência na competição. Destaque para o já citado Riquelme, que além de ser o maestro da equipe, é o artilheiro do time na competição ao lado de Mouche, com 3 gols. 

O Maestro Riquelme em ação
Curiosamente, a única equipe que venceu o Boca nesta edição, o Fluminense, foi sua última vítima, nas quartas de final. Vale destacar que toda vez que o Boca venceu a Libertadores, deixou pelo menos um brasileiro pelo caminho. E dessa vez a equipe vem forte, jogando seu habitual futebol de resultados, e derrubando qualquer time que apareça pela frente, rumo a mais uma final de Libertadores. Pior para o Universidad do Chile, seu próximo adversário. 


Pior ainda para Santos ou Corinthians, um de seus adversários na final!



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